Do ponto de vista da biologia, é dos puzzles mais extraordinários. O câncer é a seleção natural em potência máxima. As mesmas coisas que dão à seleção natural, à evolução, os mecanismos para criarem algo tão complexo como um ser humano são as mesmas do câncer, mas tudo acontece muito mais rápido. É uma célula que passa por várias alterações no seu DNA.
"O que acontece é que temos muitas hipóteses das mudanças de DNA que não são boas, quando temos uma célula cancerígena que se multiplica muito depressa e não conseguimos controlá-la. Podemos matar 90% dessas células, mas nesse caso 10% vão sobreviver ao tratamento. E, ao fazermos isso, estamos selecionando as células mais agressivas, que depois de algum tempo, o câncer regressa. Ou seja, as células cancerígenas encontram um modo de sobreviver ao tratamento, de escapar aos obstáculos que pomos à frente delas. Essa é a razão por que é tão difícil dizer “OK, matamos completamente todas as células cancerígenas”, porque basta uma delas resistir para poder voltar uns anos depois", disse Salvador Macip, um dos maiores investigadores mundiais em Biologia do Envelhecimento e Câncer.
Pra quem não sabe, o câncer tem um impacto considerável na economia. Em 2007, os custos globais de câncer nos EUA - incluindo o tratamento e as despesas da mortalidade indiretas (como a perda de produtividade no trabalho) - foram estimados em 226,8 bilhões de dólares. Em 2009, 32% dos hispânicos e 10% das crianças de até 17 anos não tinham plano de saúde; "minorias étnicas são substancialmente mais propensas a serem diagnosticadas com câncer em um estágio avançado, quando o tratamento pode ser mais extenso e mais caro".
A cada ano, o câncer absorve aproximadamente 2 trilhões de dólares da economia mundial, em termos de perda de produção e custos de tratamentos, o que equivale a cerca de 1,5% do produto interno bruto (PIB) global (dados de 2015).
Salvador Macip, afirma que a "imortalidade" não é impossível, que um dia todos poderão viver melhor. Sendo possível ou não, ainda existe um vasto caminho para chegar a uma possível cura definitiva de todos os tipo de câncer, ou de um tratamento menos agressivo.
Com informações do The Journalist's Resource
